05/05/09
Hipóteses Homicidas e Anedotas Hipotéticas
Saiba-se doravante, quando se falar de uma vaca e de um pisco, que quem fala se refere àquela ocasião em que havia uma Vaca manhosa que afirmava que mais que todos tinha a capacidade de comer, e vaidosa, dizia ainda que mais viçosa e mais gorda que todos era, e mais ainda se tornaria. Toda a manada se acreditava no que ela dizia, até porque a Vaca lhes parecia a todos, do dia para a noite, cada vez mais opulenta. Mas a verdade é que a Vaca não só comia erva e raízes tanto como todas as outras, como também engolia golfadas de ar que lhe iam para o estômago e restantes vias digestivas. Manhosa como era, peidava-se à noite e esforços fazia para que apenas saíssem bufas, das que saem sem barulho, quando todos dormiam.
Foi por alturas do verão, quando os dias são maiores que as noites, a Vaca inchada do ar, que engolia para enganar, e a noite que nunca mais vinha, com as tripas inchadas que já lhe saíam à rectaguarda como um balão, poisou-lhe no dorso um Pisco de peito dourado. Como sempre, vinha à cata de lêndeas e piolhos para regozijo da Vaca, tanto mais que lhe caía bem neste sofrimento o alívio das comichões. Por isso, o Pisco passeou-se à vontade por todo o lombo da Vaca, depenicando os pequenos vermes. Tanto se passeou até que lhe chegou junto da base da cauda, picou-a tão perto das hemorróidas que estavam de fora por força das tripas inchadas, que a Vaca num impulso sacudiu-se de dor e lançou com a cauda uma chibatada tal, que acertou em cheio no Pisco, que foi enterrar o bico na tripa inflada e a Vaca estoirou.
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1 comentário:
boooming all over the place with fun and joy!
>:P muuuuuuuuu!
grande abraço de peito dourado!
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