Já há algum tempo que andava a precisar actualizar o PORTFOLIO. Todavia, pouco há de novo para quem aqui é habitual.
27/11/09
Portfolio
14/11/09
20/10/09
REVISTA INÚTIL
A pedido da equipa que integra a REVISTA INÚTIL (Maria Quintans, Ana Lacerda e João Concha), fiz a ilustração que mostro acima para acompanhar um belíssimo poema de Nuno Júdice. Este primeiro número da revista tem como convidada central Olga Roriz e será apresentado no dia 23 de Outubro na livraria Ler Devagar, Lx Factory em Lisboa, pelas 22h00.
Apareçam!
16/10/09
25/09/09
23/09/09
21/09/09
Figura Eminente 2009: Henrique Pousão redesenhado na Reitoria
"Nome incontornável na História da Arte portuguesa, Henrique Pousão (1859 - 1884) viu a sua obra interrompida precocemente aos 25 anos. A partir de quinta-feira, 17 de Setembro, é esse espaço em branco que 14 jovens artistas, todos eles com passagem pelos mestrados em Desenho da Faculdade de Belas Artes (FBAUP), vão procurar colmatar com "Desenho em reserva", a exposição/homenagem que a Universidade do Porto irá dedicar ao pintor portuense, protagonista em 2009 do ciclo Homenagens a Figuras Eminentes da U.Porto.
Depois de ter instituído 2009 como o Ano de Pousão, assinalando desta forma, os 150 anos sobre o nascimento do pintor, a U.Porto prepara-se para reforçar o tributo a um dos seus mais ilustres antigos alunos. Natural de Vila Viçosa, Henrique Pousão formou-se em Desenho Histórico, Arquitectura Civil, Escultura e Pintura Histórica na Academia Portuense de Belas-Artes, antecessora da FBAUP, cujos espaços guardam ainda hoje boa parte do espólio artístico do pintor.
Será então partir do traço de 14 dos seus "sucessores" em Belas Artes que a memória de Henrique Pousão vai ser recordada nos espaços da Sala do Fundo Antigo da Reitoria da U.Porto (Praça Gomes Teixeira, Porto). A exposição inclui vários trabalhos concebidos em torno da 'reserva', conceito que designa, no campo da imagem, os espaços que são deliberadamente deixados em branco. Fica dado o mote para um conjunto de desenhos e instalações de vídeo a partir das quais o visitante será desafiado a entrar em "diálogo" com o desenho enquanto prática artística mas também espaço de investigação, tal como Pousão o antecipara há um século e meio atrás.
É essa contemporaneidade do pintor que a U.Porto celebra agora, juntando o nome de Henrique Pousão à galeria de Figuras Eminentes distinguidas desde 2003. Entre os homenageados estão o médico Abel Salazar, o arquitecto José Marques da Silva, o historiador Artur de Magalhães Basto, o zoólogo Augusto Nobre, os professores Stephen Stoer e Manuela Malpique, e o nutricionista Emílio Peres.
Marcada para as 18h30 de quinta-feira, a inauguração de "Desenho em reserva" vai contar com a presença dos vários artistas convidados, que estarão disponíveis para falar sobre os respectivos trabalhos. Depois deste primeiro momento, a exposição estará aberta ao público até 15 de Outubro, de terça a sexta-feira, entre as 12 e as 18 horas, e ao sábado, das 10 às 18 horas.
A entrada é livre."
Estamos lá! (Texto retirado do sítio da UP)
19/09/09
A função reguladora do masoquismo
Trabalho efectuado para a Brandia Central - Lisboa. O seu processo foi uma dessas epopeias de 14 horas a riscar. Quando se ilustra para publicidade é comum sermos obreiros da nossa especificidade gráfica. É também comum uma primeira versão do trabalho ter de ser negociada e rectificada vezes sem conta, multiplicando-se em várias versões. Pessoalmente, não vejo grande problema em que definam por mim todas as premissas do trabalho, esporadicamente como é óbvio.
Quando se inicia um projecto ou simples trabalho de demanda pessoal, o mais difícil é estabelecer os primeiros argumentos (muitas das vezes visuais) a partir dos quais o trabalho desenvolve. Qualquer coisa como o célebre terror da folha branca. Por vezes essas premissas surgem de um modo espontâneo, e outras temos de vadiar um pouco sobre o papel ou bloco de notas para que certa ideia se torne visível.
É frequente os artistas tornarem-se zelosos com a sua coerência. Algo que viole as primeiras premissas de um trabalho pode ser visto com alguma animosidade. Eu próprio sou bastante ditador em pensamento, e já tive algumas dificuldades de cooperação. Julgo que o truque está em adquirir uma ginástica que permita construir casas a partir de qualquer planta.
Como há já bastante tempo que não trabalho em cooperação, tenho-me tornado um ditador intragável. Nos livros ainda negocio decisões com o escritor ou com o editor, mas faz agora quase um ano que não participo em nenhum.
Trabalhar para publicidade é algo completamente diferente. Vejo-o como um tratamento para a tosse. Apesar do devido respeito com que me têm tratado, em publicidade não mando nada e sou um servo amordaçado. Tenho de fazer assim e assado sem resmungar. O reverso da medalha é naturalmente mais convidativo: muitos freelancers que trabalham em publicidade ganham mais numa noite, que um criativo da casa numa semana ou duas. Mas porque o faço senão pelo dinheiro? Não só pelo prazer que dá colocar no papel uma ideia que não minha. O masoquismo tem uma função reguladora do sentimento de poder. Nada como ser lembrado de tempos a tempos o quão ilusória é a sensação de controlo.
31/08/09
23/08/09
16/08/09
13/08/09
Marvão
23/07/09
14/07/09
07/07/09
02/07/09
A propósito...
Dia 3 de Junho pelas 18h30 na Biblioteca Municipal de Vila-Nova de Gaia vai haver discussão sobre "Os Novos Caminhos da Ilustração", com a participação de Cristina Valadas, Gémeo Luis, Luís Silva, Marc Taeger e José Manuel Saraiva, moderada por Emílio Remelhe. Recomendado: levem amigos e inimigos.
E ainda,
Lista de participantes AQUI.
(Também lá estamos!)
01/07/09
27/06/09
23/06/09
19/06/09
15/06/09
13/06/09
12/06/09
08/06/09
Abacateiro
...é só para dizer que tenho andado ocupado com um abacateiro.
Aproveito ainda para informar que temos a honra de estar num Jardim Assombrado.
03/06/09
01/06/09
O Filho do Demónio & A Adivinha do Rei
Num destes dias lembrei-me, a propósito de uma ida à Feira do Livro, que tenho publicitado aqui alguns livros que ilustrei, mas que no entanto tenho deixado outros de fora sem qualquer motivo ou selecção que não o de simplesmente ter as imagens à mão e afixá-las. Hoje lanço um pouco de justiça sobre este lapso e deixo aqui uma pequena amostra d'O Filho do Demónio & A Adivinha do Rei com texto de Alice Vieira (2007), que pertence à nova série das Histórias Tradicionais Portuguesas.
28/05/09
27/05/09
22/05/09
19/05/09
Já lá vão dez anos!
Pois é, já lá vão dez anos! Ainda o digo com pompa porque só há pouco tempo me apercebi que o tenho dito mais vezes. Nas Caldas da Rainha, andava no segundo ano do curso de Artes Plásticas e morava com uns mafarricos bestiais, numa casa a que todos chamavam a Cova da Onça, onde do tecto de madeira caía um pó dourado cada vez que o autocarro passava lá fora. Coloco aqui esta imagem porque há tempos um amigo me dizia que não me conhecia pinturas propriamente ditas. Esta imagem é a digitalização da fotocópia da fotografia da pintura. Lembro-me destes dias como aqueles em que íamos para a escola ou para o café (era indiferente) com a cara por lavar e as promessas debaixo do braço ou dentro de um bornal e a pensar "Hoje é que vai ser!". Há muitas histórias desse tempo. As Caldas da Rainha foram também um lugar muito propenso a histórias nesse tempo. Para muita gente ao mesmo tempo aqueles dias tinham muito de novo - independência dos pais, viver ao sabor dos caprichos e estar rodeado de quem gosta do mesmo. Como cidade pequena, a sociabilidade era maior. Muitas histórias mesmo, imagine-se. A pintura acabei-a numa directa, e embrulhei-a para ir para uma Bienal de Cerveira logo de manhã, e fiquei a rezar para que aquilo não se tornasse abstracto na viagem país acima. Valeu o esforço, porque nesse ano ficámos eu e o Paulo Barros, com direito a convite para a inauguração e um catálogo que ainda hoje guardo religiosamente no caixote das primeiras mudanças. A criança na pintura é o meu irmão Francisco que tinha na altura 6 ou 7 anos. Daqui por ano e pouco será a vez dele, de viver a folia da independência. Lembro muitas coisas boas desse tempo. Lembro-me dele como a digitalização da fotocópia da fotografia de uma pintura.
15/05/09
12/05/09
II Encontro Nacional de Ilustração
Uma das três ilustrações que fiz para o II Encontro Nacional de Ilustração, em São João da Madeira, onde era pedido que se ilustrasse um conto russo intitulado "A minha mãe é a mulher mais bela do mundo". O evento terá lugar nos dias 14, 15 e 16 de Maio com um programa distribuído por vários pontos da cidade. Apareçam!
10/05/09
09/05/09
05/05/09
Hipóteses Homicidas e Anedotas Hipotéticas
Saiba-se doravante, quando se falar de uma vaca e de um pisco, que quem fala se refere àquela ocasião em que havia uma Vaca manhosa que afirmava que mais que todos tinha a capacidade de comer, e vaidosa, dizia ainda que mais viçosa e mais gorda que todos era, e mais ainda se tornaria. Toda a manada se acreditava no que ela dizia, até porque a Vaca lhes parecia a todos, do dia para a noite, cada vez mais opulenta. Mas a verdade é que a Vaca não só comia erva e raízes tanto como todas as outras, como também engolia golfadas de ar que lhe iam para o estômago e restantes vias digestivas. Manhosa como era, peidava-se à noite e esforços fazia para que apenas saíssem bufas, das que saem sem barulho, quando todos dormiam.
Foi por alturas do verão, quando os dias são maiores que as noites, a Vaca inchada do ar, que engolia para enganar, e a noite que nunca mais vinha, com as tripas inchadas que já lhe saíam à rectaguarda como um balão, poisou-lhe no dorso um Pisco de peito dourado. Como sempre, vinha à cata de lêndeas e piolhos para regozijo da Vaca, tanto mais que lhe caía bem neste sofrimento o alívio das comichões. Por isso, o Pisco passeou-se à vontade por todo o lombo da Vaca, depenicando os pequenos vermes. Tanto se passeou até que lhe chegou junto da base da cauda, picou-a tão perto das hemorróidas que estavam de fora por força das tripas inchadas, que a Vaca num impulso sacudiu-se de dor e lançou com a cauda uma chibatada tal, que acertou em cheio no Pisco, que foi enterrar o bico na tripa inflada e a Vaca estoirou.
02/05/09
29/04/09
23/04/09
19/04/09
11/04/09
09/04/09
07/04/09
03/04/09
Mitos e Lendas da Terra do Dragão
Na sequência dos Contos da Terra do Dragão (2000) de Wang Suoying e Ana Cristina Alves (ilustr. Alain Corbel), Mitos e Lendas da Terra do Dragão acaba de sair do prelo mais uma vez pela Caminho, com ilustrações minhas. As ilustrações estavam já prontas há algum tempo e foi por acumulação que saiu ao mesmo tempo que as Lendas e Toadas do Nosso Povo Singelo, anunciado abaixo.
O livro irá ter uma sessão de apresentação no dia 6 de Abril, na Delegação Económica e Comercial de Macau (Av. 5 de Outubro, 115 r/c, Lisboa) às 18h00.